quarta-feira, 4 de março de 2015

SOBRE ANDAR COM FÉ...(ou algo assim)

Hoje compartilharei algo NÃO questionado, mas que gerou certo estranhamento em quem "me conhecia" e sabia de minhas maneiras de agir, mecanicamente ou não.

O início dos anos 2000 foram um marco na minha breve vida sobre essa Terra, quando descobri a espiritualidade e me entendi como aprendiz daquilo que entendo serem os ensinamentos de um certo JESUS DE NAZARÉ (homem, judeu, contestado filho de Deus que não saia bradando por todo canto essa aparente característica pessoal).

Muita coisa mudou, para bom e para ruim também. Adquiri uma PAZ que excede meu pouco entendimento; a capacidade de estar SÓ e nunca me sentir assim (e jurando por A+B não ser portador de quaisquer graus de ESQUIZOFRENIA); DOMÍNIO PRÓPRIO sobre vícios e chances de viciar ou me fascinar em algo que não seja eu mesmo. . .

Por outro lado, passei a me carregar de um PESO MORAL que não era meu.

Após a fase de encanto da FÉ, surgiu uma personalidade que passava a ser um Inquisidor de tudo e todos que não fossem alguém tipo EU!

Quem bebia álcool era um "fraco e bêbado", se fumasse; também igualmente pecador e cheio fraqueza que se agarrava naquele TROÇO fedorento; DESEJOS SEXUAIS eram reprovados sem dó (mesmo mantendo os meus loucos para serem saciados); membros de outras religiões e manifestações de fé, nem te conto...

Mas a idade vai chegando e a capacidade de se reciclar nos beneficia de alguma forma...



 (quando VOCÊ se permite melhorar e reformar, não sendo portador do tal Complexo de Gabriela, talvez a VIDA te brinde com um certo grau de {r}evolução própria, caso não, CONTINUAREI a respeitar o velho costume de todas as noites assentarem-se para assistir a novela das nove, até que Seo Lobo venha)  


Não abandonei a TAL da minha Fé, a não ser que uma postura RELIGIOSA e MORALISTA em excesso seja a regra para uma vida. 


Acredito que não.


O ponto de partida para uma virada de mente e pensamento, acreditem, estava nas páginas do compêndio literário menos entendido, mais vendido e quase nunca compreendido de uma forma libertária ou positiva.

O culpado é um discurso chamado O SERMÃO DA MONTANHA, o famoso discurso de Jesus, que pode ser lido a partir do Evangelho de Mateus, capítulo 4, versículo 23, até o capítulo 7 em qualquer BÍBLIA careta ou não que você encontrar por toda a face do globo terrestre.

Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido como MAHATMA GANDHI, declarou que se toda literatura existente (principalmente as de foco espiritual) se perdesse ou queimasse no fogo, e ainda sim restasse o SERMÃO DA MONTANHA, NADA teria se perdido.

Portanto decidi uma coisa e não volto atrás porque agora é o meu jeito ______ de ser: "Enquanto eu não conseguir seguir o estilo básico e confrontante descrito nesse sermão, me NEGAREI a discutir e ENDOSSAR quaisquer outras bobagens de ordem moral, política e religiosa".

Desejo do fundo do meu coração, que as discussões e choques de nosso senso humano girem em torno de brigar para que AQUELE QUE TEM FOME, SEJA SATISFEITO.

Quero ainda que as discussões e fofocas (falar da vida alheia) nas mesas e churrascos sejam em COMO ARRECADAR MATERIAIS PARA CONSTRUIR UMA CASA MAIS DIGNA para a vizinha cuja residência está em plena degradação.

Que a dor de cabeça do cidadão, principalmente o que se diz discípulo do JESUS DE NAZARÉ, esteja em como acabar com as filas na porta de hospitais, ou ao menos que se dedique em preparar alguns sanduíches e ir lá perto DISCERNIR alguém que pareça estar com fome e não pode sair para comprar algo.

As questões que assolam esse povo atualmente, não me interessam. Fim da "Família"; Casamento Gay ou Não-Gay; Aborto (que vai acontecer, vc e deus querendo ou não); Comunismo/Capitalismo/Fetichismo. . .



VAFFANCULO!!!!


Tem gente sofrendo e morrendo de fome em uma cidade onde recordes de arrecadação tributária e MC Donald´s são abertos da noite para o dia.

Não me ocuparei com FALAÇÕES ESTUPIDAS até que tudo isso seja resolvido. É nisso que minha mente se ocupa.

Fim.