Diariamente, em meu horário de trabalho, mais especificamente durante o tempo que sou levado para um dos locais, tenho prazer de ter uma saudável conversa de assuntos referentes a fé e a Igreja. Tudo é conversado, desde escândalos, bênçãos, baboseira de púlpito, “aquilo que rola na internet” e entre outros.
Meu amigo, Seo Alexandre (carinhosamente), me dá a honra dessas conversas, uma pessoa comum, muito sábia, cheia de fé, sinceridade e tolerância (pois, para agüentar falar comigo, tem que ter muita tolerância).
Dentre os nossos muitos assuntos, ele citou o sempre contestado por certos “magos da prosperidade”, Pr. Ricardo Gondim, que em um programa de rádio, estava falando sobre as técnicas das Igrejas evangélicas/protestantes no passado, para propagar a mensagem de Cristo, e também conseguir as conversões.
Como exemplo, tínhamos:
- Pregações inflamadas em praças públicas (muitos se reuniam para ouvir, e alguns se convertiam mesmo);
- Uma caixa de som, um microfone, hinário e um pregador, nas rodoviárias. Muitos foram tocados pela mensagem do evangelho dessa maneira;
- Teatros nas praças, músicas, carros de som (isso de certa forma é recente, mas já está ultrapassado).
Nos tempos atuais, quem tem o mínimo de sensibilidade e discernimento, pode perceber, que “impactos” assim (esqueci de mencionar as “CRUZADAS EVANGELÍSTICAS/DE PODER/DO SOBRENATURAL” e etc), acabam por ser motivos de chacotas, desprezo, zombaria. Sua eficácia é quase sempre nula, insignificante, quando não, para não se perder o momento e a glória, simulam-se milagres, maravilhas, curas (na maioria caroços, dores no corpo, formigamento).
MAS PORQUE ISSO?
SERÁ UM LEVANTE DO ENEMIGO?
A última pergunta babaca, foi para “gospelizar”. Concordando com muitos daqueles que atualmente são chamados hereges, em razão de opor-se a essa linha mística-aproveitadora, que se implantou na Igreja brasileira, penso que o fracasso de todas essas obras é fruto de toda uma falácia inútil por parte de pregadores maliciosos, mais o fato de o povo brasileiro estar calejado de promessas políticas, roubalheiras e enganos.
Nossa Igreja (e quando falo dela, me coloco como responsável, por faço parte e minha obrigação é lutar por melhorias), como a política brasileira, está envolvida com pilantrices da pior espécie, desde desvios das verbas arrecadadas em nome de deus, até abusos sexuais de crianças.
Resumo, as pessoas deixam de conhecer o amor de Deus, porque o Amor em si não é propagado. O Brasil (só posso dizer dele), já não suporta falação, seja ela política ou religiosa, ninguém suporta você que fica arrotando Bíblia e condenação.
As pessoas de meu país nunca vão abraçar a idéia de um pregador, que não tem a humildade de abraçar o irmão que está cheirando mal, muito menos que se recusa a ir comprar o desodorante que o cara está precisando.
Para terminar, novamente cito o que li de São Brabo: “O ensino de Jesus Cristo, só é atual em nosso tempo, porque nunca fora praticado”.
Chega, baccio.
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